Não. Hoje não quero sorrir.
Não quero um esboço sequer de alegria saindo de dentro de mim.
Hoje eu sou a pessoa mais triste desse, e de todos os mundos.
Não. Não doarei abraços falsos e vazios
Se hoje eu te encontrar, tenho apenas uma coisa pra lhe dizer:
"Estou triste, amargurada, carregando o peso de mil almas feridas e doentes dentro de mim"
Não me venha com o seu enfadonho: "Tudo bem?".
Não, eu não estou bem. Estou uma merda em farrapos. Uma merda cheia de todas as tragédias que me existiram em qualquer dos meus tempos. Minhas lágrimas saem na forma de sorrisos tolos. Em cada sílaba que eu disse hoje, saiba, houve uma lágrima minha. E você as engoliu, satisfeito, certo de estar rodeado de gente contente, mas que, na verdade, eram apenas caretas felizes.
Beba a minha tristeza amena enquanto puder, pois em breve serei um monstro tão real de angústia, o pior deles, aquele do qual você mais corre, que mais teme.
Deixarei vir sobre mim toda a tristeza do mundo. Toda a tristeza que não encontra saída nos espíritos humanos, empoçada há milênios nos guetos dos corações em rocha. Gritarei toda a dor contida da humanidade.
É melhor que hoje você não me encontre, caso não tenha coragem de encarar a verdade da dor bem de frente.
Hoje vocês terão que suportar a honestidade doída da tristeza.
Hoje eu olharei bem pra você e direi: Estou triste. Estou triste. Triste, triste, triste, aos urros.
Lamento se te será insuportável. Se doerá aos seus ouvidos e bocas adestrados.
Sei também que não és corajoso o suficiente. Que fugirá de mim, como foges de um maldito leproso.
....mas a vida também é assim, meu caro. De uma tristeza absoluta...
Vai encarar?
sábado, setembro 03, 2011
domingo, agosto 07, 2011
Por minutos...
Uns poucos minutos para me contar. Dependo do retrocesso artificial do tempo na minha cabeça. Essas coisas frívolas que não me deixam definhar.
Há tanto sem me dizer. Vou vomitando coisas sem regras e sem julgos.
Tenho tido dias que me queimam e, apesar da alma em brasa, sorrio placidamente a quem me chega, bem assim, como se deve. Não. Não é artificial, só é temporário enquanto não me lembro de que o fogo me arde (sem intemperanças sexuais, por favor! É tudo mais além).
Cada palavra me pesa e me dói. Me faz lembrar o vácuo em que estou e pairo.
Difícil é me ler depois, quando já não olho tão fundo pra mim mesma. Desconheço-me, porque virei meu olhar. Saí do avesso para ver o comum dos dias e das pessoas que os fazem.
.....
É assim. O tempo artificial me chuta a cabeça. Hora de apagar o fogo da alma e sorrir por enquanto. Até quando? Não sei. Deixe-me ir, antes que eu não consiga mais voltar a ser tão comum.
Há tanto sem me dizer. Vou vomitando coisas sem regras e sem julgos.
Tenho tido dias que me queimam e, apesar da alma em brasa, sorrio placidamente a quem me chega, bem assim, como se deve. Não. Não é artificial, só é temporário enquanto não me lembro de que o fogo me arde (sem intemperanças sexuais, por favor! É tudo mais além).
Cada palavra me pesa e me dói. Me faz lembrar o vácuo em que estou e pairo.
Difícil é me ler depois, quando já não olho tão fundo pra mim mesma. Desconheço-me, porque virei meu olhar. Saí do avesso para ver o comum dos dias e das pessoas que os fazem.
.....
É assim. O tempo artificial me chuta a cabeça. Hora de apagar o fogo da alma e sorrir por enquanto. Até quando? Não sei. Deixe-me ir, antes que eu não consiga mais voltar a ser tão comum.
terça-feira, julho 05, 2011
Silêncio! Estou gritando...
A minha rebeldia é a palavra.
O que me salvou do nada,
é o esboço de sons que faço,
banhados de sentido, para outros,
sem sentido.
Minha voz é alta, porque precisa,
Minha existência é alta, porque só assim é vista.
Coisa de quem já vestiu a inexistência e gritou para ouvidos surdos.
Gente que precisa ser grande
(por pura sobrevivência),
Caminha torto,
é meio empenada,
esbarra em coisas certas,
e exatas,
é bagunçada.
Perturbo ouvidos sensíveis,
Lamento, des(o)culpe!
Faço barulhos,
até depois das dez.
...e me olham torto
...e me prendem nos cantos das bocas irônicas.
Foi, então,assim,
que aprendi a falar
Aprendi a ser gente,
nos sons das letras
escritas, lidas, sentidas
...e meio perdidas.
Quiseram muito
me impor o silêncio,
apagando o meu eu
que por rebeldia,
nunca morreu.
Minha bandeira
é a minha palavra
e o meu grito.
E não me calo...
E não me calo...
E não me calo...
É assim que respiro.
O que me salvou do nada,
é o esboço de sons que faço,
banhados de sentido, para outros,
sem sentido.
Minha voz é alta, porque precisa,
Minha existência é alta, porque só assim é vista.
Coisa de quem já vestiu a inexistência e gritou para ouvidos surdos.
Gente que precisa ser grande
(por pura sobrevivência),
Caminha torto,
é meio empenada,
esbarra em coisas certas,
e exatas,
é bagunçada.
Perturbo ouvidos sensíveis,
Lamento, des(o)culpe!
Faço barulhos,
até depois das dez.
...e me olham torto
...e me prendem nos cantos das bocas irônicas.
Foi, então,assim,
que aprendi a falar
Aprendi a ser gente,
nos sons das letras
escritas, lidas, sentidas
...e meio perdidas.
Quiseram muito
me impor o silêncio,
apagando o meu eu
que por rebeldia,
nunca morreu.
Minha bandeira
é a minha palavra
e o meu grito.
E não me calo...
E não me calo...
E não me calo...
É assim que respiro.
quarta-feira, maio 18, 2011
Coragem!
Me dê. Me dê essa coragem bravia que eu não conheço e que me foge desde que me sou.
Me faça possessa de uma força súbita e inequívoca, para que eu liberte os atos que eu encerro calados em mim.
Me tiraram. Me tiraram e está certo.
A vida é isso. Tirar para que você encontre.
E você vai abrindo as portas, as janelas, os buracos de tudo que há pela frente.
De repente eu me cansei. Cansei de procurar forças que me completam, que me façam ser mais do que eu sou.
As palavras, não somente a coragem, estão perdidas em mim. Perdidas sem sentido. Aos montes, passando sem ordem, me levando com elas para o caos.
E eu fico aqui, sem saber pra quê, sem saber. A vida passando com pessoas, cujas existências me doem.
Viver com a mentira de que eu posso ser alguma coisa pra alguém. É só um vazio, é só um quadrado de linhas que circundam um doloroso vazio de vida.
Não aguento mais ser uma invenção. Quero cair em cacos, ruída pela desordem que não consegui arrumar.
Estou enjoada, enojada do difícil.
Me dê a coragem de eu ser quem EU SOU.
E que seja fácil....Muito fácil.
Me faça possessa de uma força súbita e inequívoca, para que eu liberte os atos que eu encerro calados em mim.
Me tiraram. Me tiraram e está certo.
A vida é isso. Tirar para que você encontre.
E você vai abrindo as portas, as janelas, os buracos de tudo que há pela frente.
De repente eu me cansei. Cansei de procurar forças que me completam, que me façam ser mais do que eu sou.
As palavras, não somente a coragem, estão perdidas em mim. Perdidas sem sentido. Aos montes, passando sem ordem, me levando com elas para o caos.
E eu fico aqui, sem saber pra quê, sem saber. A vida passando com pessoas, cujas existências me doem.
Viver com a mentira de que eu posso ser alguma coisa pra alguém. É só um vazio, é só um quadrado de linhas que circundam um doloroso vazio de vida.
Não aguento mais ser uma invenção. Quero cair em cacos, ruída pela desordem que não consegui arrumar.
Estou enjoada, enojada do difícil.
Me dê a coragem de eu ser quem EU SOU.
E que seja fácil....Muito fácil.
segunda-feira, abril 25, 2011
...a velha roupa nova de um dia.
Hoje é um dia-estranho-ruim. Tudo parece novo!
...mas justamente pela afirmativa, me dou conta de que estou cheia de dias-estranhos-ruins, completamente conhecidos em mim.
Talvez por isso, eu não goste dele (...) e há muito não existe nada de inédito vindo com as manhãs.
...mas justamente pela afirmativa, me dou conta de que estou cheia de dias-estranhos-ruins, completamente conhecidos em mim.
Talvez por isso, eu não goste dele (...) e há muito não existe nada de inédito vindo com as manhãs.
quinta-feira, abril 07, 2011
Pergunte ao sonho.
E não é que é verdade! Estou sempre indo...sempre andando!
...as respostas vêm,
e eu vou (sonhando) pela estrada.
...as respostas vêm,
e eu vou (sonhando) pela estrada.
domingo, março 13, 2011
A última coisa é vista
Sempre pesou o fato de meus olhos fecharem.
Sempre doeu que eles engulam a si.
Por que cerram?
Por que dobram?
“Aquele último olhar para armários azuis....”
Meu pensamento tarda nesse longe que me volta.
Nunca um igual para que eu me demore.
Sempre coisas.
Sempre quadros.
Em outra vista, eu me perderia,
Mas, não há tempo.
....não há nada.
Somente armários e quadros.
Meus olhos fecharão,
E elas coisas (como dói!)
resistirão.
Tão frias,
Tão duras,
...nem piscam sequer.
Sempre pesou.
que eu fechasse meus olhos,
e elas não.
Sempre doeu que eles engulam a si.
Por que cerram?
Por que dobram?
“Aquele último olhar para armários azuis....”
Meu pensamento tarda nesse longe que me volta.
Nunca um igual para que eu me demore.
Sempre coisas.
Sempre quadros.
Em outra vista, eu me perderia,
Mas, não há tempo.
....não há nada.
Somente armários e quadros.
Meus olhos fecharão,
E elas coisas (como dói!)
resistirão.
Tão frias,
Tão duras,
...nem piscam sequer.
Sempre pesou.
que eu fechasse meus olhos,
e elas não.
quarta-feira, março 02, 2011
Isso.
É isso.
É disso que falo e sinto.
Essa expressão, essa existência para além de qualquer vida, que arrebata a nossos ossos armados e secos.
...
Essa vastidão que jorra mar dentro da gente, nos dilui e nos faz átomos inteiros, integrados e sentindo...s e n t i n d o...às multidões, extasiados pela própria beleza.
É essa provocação que traz a certeza, cuja única reação é esvair em choro.
Choro? É explosão de alma que se liberta, para além do corpo de existir restrito.
É isso.
Rasgar o peito pra conseguir aconchego do universo.
É no infinito sem bordas, somente lá cabemos.
Largos....vastos,
.... sem fim.
É isso.
...e muito mais.
É disso que falo e sinto.
Essa expressão, essa existência para além de qualquer vida, que arrebata a nossos ossos armados e secos.
...
Essa vastidão que jorra mar dentro da gente, nos dilui e nos faz átomos inteiros, integrados e sentindo...s e n t i n d o...às multidões, extasiados pela própria beleza.
É essa provocação que traz a certeza, cuja única reação é esvair em choro.
Choro? É explosão de alma que se liberta, para além do corpo de existir restrito.
É isso.
Rasgar o peito pra conseguir aconchego do universo.
É no infinito sem bordas, somente lá cabemos.
Largos....vastos,
.... sem fim.
É isso.
...e muito mais.
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