A minha rebeldia é a palavra.
O que me salvou do nada,
é o esboço de sons que faço,
banhados de sentido, para outros,
sem sentido.
Minha voz é alta, porque precisa,
Minha existência é alta, porque só assim é vista.
Coisa de quem já vestiu a inexistência e gritou para ouvidos surdos.
Gente que precisa ser grande
(por pura sobrevivência),
Caminha torto,
é meio empenada,
esbarra em coisas certas,
e exatas,
é bagunçada.
Perturbo ouvidos sensíveis,
Lamento, des(o)culpe!
Faço barulhos,
até depois das dez.
...e me olham torto
...e me prendem nos cantos das bocas irônicas.
Foi, então,assim,
que aprendi a falar
Aprendi a ser gente,
nos sons das letras
escritas, lidas, sentidas
...e meio perdidas.
Quiseram muito
me impor o silêncio,
apagando o meu eu
que por rebeldia,
nunca morreu.
Minha bandeira
é a minha palavra
e o meu grito.
E não me calo...
E não me calo...
E não me calo...
É assim que respiro.
terça-feira, julho 05, 2011
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