terça-feira, julho 05, 2011

Silêncio! Estou gritando...

A minha rebeldia é a palavra.
O que me salvou do nada,
é o esboço de sons que faço,
banhados de sentido, para outros,
sem sentido.

Minha voz é alta, porque precisa,
Minha existência é alta, porque só assim é vista.

Coisa de quem já vestiu a inexistência e gritou para ouvidos surdos.

Gente que precisa ser grande
(por pura sobrevivência),
Caminha torto,
é meio empenada,
esbarra em coisas certas,
e exatas,
é bagunçada.

Perturbo ouvidos sensíveis,
Lamento, des(o)culpe!
Faço barulhos,
até depois das dez.
...e me olham torto
...e me prendem nos cantos das bocas irônicas.

Foi, então,assim,
que aprendi a falar
Aprendi a ser gente,
nos sons das letras
escritas, lidas, sentidas
...e meio perdidas.

Quiseram muito
me impor o silêncio,
apagando o meu eu
que por rebeldia,
nunca morreu.

Minha bandeira
é a minha palavra
e o meu grito.

E não me calo...
E não me calo...
E não me calo...

É assim que respiro.

Nenhum comentário: