Não literalidade
Sem amarração de palavras
Só paixão,
energia.
O eu posto
a intensidade do eu posto
Conjugar o verbo, a palavra, o sentimento, o eu, a subjetividade.
Dilacerada pela vida, em todas as instâncias, por todos os lados
Por todas as palavras e sentidos ao mesmo tempo.
É a inanição forçada pela vulcão
A cinza que aduba a vida que virá
Que não foi...
Que nasce agora.
Dor do parto de chegar
Do não querer vir
Da paixão por estar.
Nasceu e não sabe onde,
Olha ao lado
Sem pai, nem mãe
Somente o eu,
Cheio de multidões entrusas
Convidados estranhos.
Sentam e devassam
Destituem teu poder.
Logo você, tão apegada
ao nada
agora tem tudo.
E não te comporta.
Te vaza, na rede furada
Dos fracos nós que cuidou em dar.
Essa lança, essa espada
Surdou o mundo
E abriu você
Escancarada, sangrando a vida
Ininterruptamente
Abruptamente
Dói e goza
Extase contido nas vísceras invertidas
Que derramam de ti
Fere, inflama e adoece.
Recollha.
Cala.
Fecha.
Abra.
Caminhe.
Pare.
Espera um novo dia de morrer você.
Sem pai, nem mãe
...Só teu choro de morte.
sábado, novembro 13, 2010
Das sobras
"Quando se pensa mais do que deve,
os pensamentos começam a sangrar."
Derramam vermelhos pela garganta e chegam aos dedos,
Viram poesia.
os pensamentos começam a sangrar."
Derramam vermelhos pela garganta e chegam aos dedos,
Viram poesia.
Do nada
A única certeza que tenho é o brilho de olhos que vejo
A vida não é nada sem brilho de olhos,
Perca-o e tenha um quadro pálido de ossos duros.
De sorriso parado,
Que só podem ser duas únicas coisas antes do nada:
cinza e poeira.
A vida não é nada sem brilho de olhos,
Perca-o e tenha um quadro pálido de ossos duros.
De sorriso parado,
Que só podem ser duas únicas coisas antes do nada:
cinza e poeira.
Ao meu alcance
Vejo apenas,
Vidro e papel,
Também uma folha falsa empoeirada.
Por um instante foi ali que vi a vida,
num segundo de tempo morto em que estou.
Morri por vontade e
Vivo porque decidi não ter escolhas.
Eu as invento,
como se fossem verdades,
como se pudessem de fato
me envenenar.
Depois sorrio
Porque sei que o final
será apenas o começo eterno
do mundo pouco que criei,
só pra evidenciar minha grandeza.
Quero saber como não sou,
Para que eu seja ainda maior.
Encontro pares,
...mas muitos hiatos.
E vou....
Esperando o sorriso mais exato que o meu rosto possa dar...
Talvez já o tenha dado e o esteja dando nesse momento de agora...
...que eu enxergo perto...
...tão perto.
E vou.
Cansei de ser longe....
Me alcancem.
Vidro e papel,
Também uma folha falsa empoeirada.
Por um instante foi ali que vi a vida,
num segundo de tempo morto em que estou.
Morri por vontade e
Vivo porque decidi não ter escolhas.
Eu as invento,
como se fossem verdades,
como se pudessem de fato
me envenenar.
Depois sorrio
Porque sei que o final
será apenas o começo eterno
do mundo pouco que criei,
só pra evidenciar minha grandeza.
Quero saber como não sou,
Para que eu seja ainda maior.
Encontro pares,
...mas muitos hiatos.
E vou....
Esperando o sorriso mais exato que o meu rosto possa dar...
Talvez já o tenha dado e o esteja dando nesse momento de agora...
...que eu enxergo perto...
...tão perto.
E vou.
Cansei de ser longe....
Me alcancem.
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