domingo, março 13, 2011

A última coisa é vista

Sempre pesou o fato de meus olhos fecharem.
Sempre doeu que eles engulam a si.
Por que cerram?
Por que dobram?

“Aquele último olhar para armários azuis....”

Meu pensamento tarda nesse longe que me volta.
Nunca um igual para que eu me demore.
Sempre coisas.
Sempre quadros.

Em outra vista, eu me perderia,
Mas, não há tempo.
....não há nada.
Somente armários e quadros.

Meus olhos fecharão,
E elas coisas (como dói!)
resistirão.

Tão frias,
Tão duras,

...nem piscam sequer.

Sempre pesou.
que eu fechasse meus olhos,
e elas não.

quarta-feira, março 02, 2011

Isso.

É isso.

É disso que falo e sinto.

Essa expressão, essa existência para além de qualquer vida, que arrebata a nossos ossos armados e secos.
...
Essa vastidão que jorra mar dentro da gente, nos dilui e nos faz átomos inteiros, integrados e sentindo...s e n t i n d o...às multidões, extasiados pela própria beleza.

É essa provocação que traz a certeza, cuja única reação é esvair em choro.

Choro? É explosão de alma que se liberta, para além do corpo de existir restrito.

É isso.

Rasgar o peito pra conseguir aconchego do universo.

É no infinito sem bordas, somente lá cabemos.

Largos....vastos,
.... sem fim.

É isso.

...e muito mais.