terça-feira, junho 21, 2005

Dualidade...

Que sentido tem o AMOR pra mim? À que ele me leva?

Acho que não sei AMAR, acho que não sei ser AMADA...

Onde quero que falte, há um excesso; onde quero que exceda há falta ...(isso, minha memória copiou de alguém...)

É sempre assim, esse círculo vicioso de falta e excesso e o coração ali, dançando, no meio disso tudo...tentando acompanhar o ritmo desse passo louco...

Várias vozes ecoam dentro de mim...a da entrega, a da coragem, a da intensidade, da velocidade galopante dos sentimentos...para as quais quero dar vazão, e o céu seria o limite....mas.....a dança é lenta...passos ensaiados, estudados...educados....

Não é assim que deveria ser...MAS É!!!

Sou um ciclone ensaiado, que dança a dança estruturada num salão emparedado...

Ventos contidos, natureza barrada...

Nem me digam que basta dar vazão e quebrar as paredes, deixar o ciclone passar à vontade, porque não, não é assim!! Observe e verá...

Bom, é passar levando tudo, arrancando tudo que se pode e tudo que se deixe levar...uma dança louca e involuntária, apenas institiva...

Eu, quando quero sacudir, quando quero arrastar e quando quero voar, sou assustadora, causo espanto....

Mas nisso somos mutantes, umas vezes ciclone, outras estrutura...em um momento causamos susto, em outro NOS assustamos...(essa memória corrompida pelo estado de - do - ser...)

É por isso que a dança nunca para....nem a do ciclone, nem a da coisa estruturada...é a tentativa de acertar o vôo ou o passo...

Melhor é voar...mas se só me aceitam o passo...é assim que seguirei, dançando estruturadamente, no ritmo que me é imposto...Não quero assustar ninguém...e nem quero levar quem não quer vir comigo...

Ai, que susto...!!!

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