Quero na poesia,
uma parede pra me esbarrar,
um osso que atravesse a garganta,
uma nota, que desafine o canto,
um ar gélido, que congele a mordida.
(mas que me roube o sangue, mesmo assim).
Não!
São olhos sedutores de Medusa.
É flauta encantadora de ratos.
Cegue e cale,
que não quero o labirinto.
Paredes me esperam,
mas como é fácil atravessá-las.
Doce martírio do poder de si.
....coesão de vãos e buracos.
Pena que não me detém.
....pois, me contém.
Poesia.
(Subo por ela)
terça-feira, abril 20, 2010
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