Serial...

Que raiva dessa gente,
Que quer tudo diferente,
Tô fazendo riminha,
Só de picuinha!

Tanta cultura,
Ai, que fartura!
Acabam que são,
apenas multidão!

Telas etéreas,
leituras aéreas!
Vagam no nada,
Que massada!

Continha de mais?
Divisões iguais?
Não, que num graça,
Só vale o que embaça!

"Olha como faço,
faço e aconteço!
É assim que apareço,
e como me apreço!"

Muito gozado,
Tudo colado!
Pessoa normal,
tudo igual!


Acham bonito,
não ter partido!
Por favor, Não e não!
Mais comunhão!

Sabe quê mais?!
Isso cansa demais!
Querem ser tudo,
mas no fundo...

...só são gente do mundo!

Meu best-seller...

Releio páginas da minha alma....

Tanta fuga de mim...E foi onde mais me encontrei!

Hoje pareço mais entranhada. Sinto, mais que escrevo!

Cada palavra um ardor! Cada palavra um sentir dor!

Nem todas as dores são más. E é preciso adoecer muito para descobrir isso.

A minha "doença" curou mais que qualquer remédio...

Transmutação!

Novos olhares....Novos arrepios...Novas causas...

Nuvens ainda movimentam-se no céu do meu ser...
Chamas ainda ardem no inferno de mim mesma, mas sei valer disso cada nimbo que me passa, cada centelha que me queima!!!

Entrego-me aqui em palavras para me alcançar depois...

Deixo-me aqui como uma bagagem perdida...

Na volta para mim uma viagem profunda, onde cada ida é por um caminho...

Visito-me sem cerimônias, sem aviso, sem data pra voltar, sem nenhuma formalidade...

A má educação nos faz livres....

Entro, saio, permaneço, desisto...quando quero! Simples assim...

Aprendi em livros escritos com a tinta do meu ser...

E é por isso que agora releio e me descubro...

...em cada página da minha alma!!!

Superfície?Não.
Nem a ter!
Comigo é o mergulhar profundo,
em mares e vulcões,
de almas turvas ou febris.

Ainda que me afogue,
Ainda que me queime,
Ainda assim,Continuo na imensidão!

A força das águas
A larva dos vulcões,
São verdades que se movem,
São chamas divinas,
nos solos áridos,
de corações rochosos...

Mergulhe!

A vida é funda...

Não me meça pelo fio curto da sua presunção,
Muito menos pela régua quebrada do seu julgamento...

Sou fruto da minha vivência singular...
Sou hiato metafísico do universo....
Formada por momentos costurados com a linha da vida....

Nada me faltou,
Tudo me formou...

Não me venha com convenções...
Não tenho número de série...
Nem placa de identificação...

Sou um mundo único...
Inteiro em mim....

Ímpar...
Peculiar...

Não me encaixo em seus moldes mesquinhos,
E nem em outro qualquer...
Vou além da sua míope visão,
da sua cátedra materialista,
e da sua vã filosofia...

Se quer tanto saber,
O que sou e porquê,
Venha aqui,
Chegue mais perto,
Me olhe e,
Me veja,
toda VERDADE...
É tudo o que sou,
matéria-prima do ser...

A cara do avesso...

Uma pausa para o narcisismo....
Só pra saber que se tem uma cara...
...Avessa!

Uma nova cor...

É que as coisas mudaram....

A tinta usada saía de um coração perdido...sufocado...sangrando...

Hoje ele produz uma outra espécie, tão branda, tão segura, tão em paz....

Branca é a cor da paz...

Branco é o que esvai agora...e sobre uma tela da mesma cor, não se pode enxergar, mas, se pode sentir....

É a cor da paz....do novo ano...e desse novo coração...